![](https://oabsc.s3.sa-east-1.amazonaws.com/images/201610281507550.jpg)
O evento de conciliação promovido em Lontras, no dia 26, pela Casa da Cidadania em parceria com a Comissão de Direitos do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Rio do Sul acabou com balanço positivo: dezenas de atendimentos realizados, dois acordos firmados e com a população mais consciente sobre seus direitos e deveres, além da importância do diálogo para a solução de conflitos.
O presidente da Comissão, Éder Nardelli, afirma que o evento é pioneiro em nível nacional e destaca que um estudo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aponta que cada processo custa em torno de R$ 1.800,00 e os acordos firmados são dois a menos que irão para o Judiciário. “Só em termos econômicos o Judiciário teve uma economia de quase R$ 5 mil, isso sem contar o acúmulo de processos. São questões de consumo que se resolvem aqui na sua própria origem”.
Ele explica que a primeira conciliação, que terminou em acordo, envolvia um o reestabelecimento de uma rede de energia elétrica que havia sido comprometida há alguns anos por causa de árvores. Já o segundo era uma discussão sobre problemas na documentação de um loteamento. “São situações que vinham há mais de anos e que agora estarão resolvidas com certeza até o final de 2016”, revelou.
Depois do sucesso do primeiro evento, o presidente afirma que a Comissão já definiu que vai realizar uma segunda edição no dia 23 de novembro e a intenção da OAB e da Casa da Cidadania é num futuro próximo estender a ação também para outras cidades do Alto Vale que não contam com o serviço do Procon.
Para a advogada Juliana Gonçalves, integrante da Comissão de Direitos do Consumidor, mesmo com a divulgação feita em vários veículos de comunicação, nem todos os cidadãos tiveram conhecimento ou puderam participar do evento, mas destaca que haverá outra oportunidade e acredita que o número de atendimentos deve aumentar nas próximas edições. “Entendemos que esse é um trabalho de formiguinha, de boca em boca e aos poucos as pessoas vão conhecendo.”
A advogada explicou ainda que muitas vezes os consumidores não sabem ao certo o que é seu direito ou dever e quando existe o acordo, como os firmados ontem, todos saem ganhando. “É sempre uma questão de sentar as duas partes. Às vezes você vem e acha que tem o direito, no entanto chega a outra parte e diz que não é bem assim. Ouvindo todos os envolvidos chega mos no melhor consenso para resolver o conflito. No Judiciário uma parte sempre perde e com o acordo as duas partes saem ganhando e satisfeitas.”
O juiz de Direito Geomir Roland Paul, que coordena as casas de Cidadania e esteve presente no evento para assinar os acordos, comentou que a conciliação também é uma forma de resolver conflitos de forma muito mais rápida. “Se as partes tivessem que acionar o Judiciário mediante uma ação, até reunirem as provas, até obterem um julgamento dessa questão, isso demandaria em torno de quatro a cinco anos e assim essas partes saem daqui com tudo resolvido”.
Jornal Diário do Alto Vale