Ao discursar para uma plateia de cerca de 2 mil pessoas, o presidente Paulo Marcondes Brincas reafirmou o compromisso da gestão que inicia com a defesa das prerrogativas profissionais e com a construção de um novo modelo de assistência judiciária aos cidadãos hipossuficientes. “Temos que reconstruir esse convênio para que de fato todos os catarinenses tenham acesso a um advogado”, disse.
Sobre a defesa das prerrogativas, anunciou a ampliação da procuradoria criada na gestão anterior e pediu publicamente ao governador Raimundo Colombo apoio na aprovação de um projeto de lei que criminalize a violação das prerrogativas dos advogados. “Precisamos punir exemplarmente o servidor que ofender as prerrogativas profissionais, porque não se trata de defender privilégios, mas de garantir os direitos dos cidadãos.
Depois de se dirigir aos advogados, falou da crise política e institucional do País. “Como qualquer um de vocês, eu estou indignado com a corrupção que está corroendo as instituições brasileiras e pôs em colapso a nossa economia”, lamentou.
Brincas defendeu as investigações que vêm sendo realizadas pela Polícia Federal e falou em “faxina” geral do País. Mas ressaltou: “Tudo deve ser feito com respeito à Constituição. Não há necessidade de ofender a Carta Magna”, disse, numa referência à decisão do STF que liberou a execução provisória da pena. “Dizem que lá fora é assim. Mas aqui no Brasil, quase 30% das decisões de segunda instância são reformadas nos Tribunais superiores”, avaliou.
Ao finalizar o discurso, criticou a volta da CPMF e disse que o Conselho Federal da OAB tem uma grande responsabilidade com o Brasil, pois em breve deverá decidir seu posicionamento em relação ao pedido de impeachment da presidente da República. “O país precisa de um governo de legitimidade para atravessar essa crise”.
Assessoria de Comunicação da OAB/SC