A Presidente da Comissão da Mulher Advogada do Conselho Federal da OAB, Eduarda Mourão, falou na manhã de sexta-feira (26) que para ser protagonista, a mulher precisa se fortalecer por meio do autoconhecimento, ter atitude e responsabilidade. Ela lembrou da origem da palavra protagonista, que significa aquele (a) que exerce liderança. “A mulher protagonista é aquela que busca fazer diferente, participa na sociedade, o que é um desafio, e para vencê-lo, ela precisa saber aonde quer chegar”, acrescentou.
Eduarda citou o movimento feminista como marco na ruptura da forte submissão imposta à mulher, e do início da construção de seu protagonismo, que precisa ser exercido. Quanto à mulher advogada, ela diz que é necessário que a profissional se prepare, tome atitude e assuma responsabilidades e se coloque à disposição para ocupar os lugares. “Se exercemos nosso protagonismo na sociedade também podemos fazê-lo na OAB”, acrescentou.
Conselheira federal da OAB/SC, Sandra Krieger também questionou “o porquê de os cargos serem ocupados por homens se a maioria dos profissionais da advocacia são mulheres?”. Ela defendeu que as mulheres tomem a frente e destacou a força da mulher no mercado de trabalho, apesar das dificuldades que enfrenta pelas inúmeras jornadas que precisa dar conta. “Somos uma minoria, porém barulhenta, pois temos um propósito”.
O painel “O Papel da Mulher Advogada na Sociedade, na Advocacia e Política” foi aberto pelo Presidente da OAB/SC, Paulo Brincas, que destacou a importância do tema e lamentou o preconceito que ainda existe contra as mulheres que, em futuro próximo, serão a grande maioria nos quadros da OAB/SC. Isto porque de cada 10 carteiras entregues, de sete a oito são para mulheres.
O painel foi presidido pela Diretora da OAB/SC Cláudia Prudêncio, e secretariado pela Presidente da Subseção de Jaraguá do Sul e da Comissão da Mulher Advogada da OAB/SC, Luciane Mortari. Também participaram da mesa a Presidente da Comissão da Mulher Advogada da Subseção de Criciúma, Rosana Corrêa, a desembargadora do TJ/SC, Salete Sommariva, a Presidente da Subseção de São Francisco do Sul, Renata Lima de Castilho. A conselheira federal Reti Jane Popelier também esteve presente.
Ainda durante o painel, a presidente da comissão da Mulher Advogada da Subseção de Criciúma entregou um documento, em nome da Unisul, solicitando o apoio da OAB/SC para a modificação do eSaj . A ideia é que o sistema possa prever campos para coleta de dados sobre as vítimas e agressores, bem como o local do crime, circunstâncias, o resultado da sentença de mérito e as medidas protetivas deferidas para que a sistematização das informações possa fundamentar a elaboração, implementação e monitoramento das políticas públicas para prevenção e enfrentamento da violência contra as mulher
29/05/2017