Durante concorrida solenidade no plenário da OAB/SC, na presença de familiares, amigos e advogados, o Conselho Pleno da entidade concedeu nesta quinta-feira (11) a Medalha João Bonassis ao advogado criminalista José Manoel Soar, o Jaraguá. A concessão da medalha foi proposta pelo Conselheiro Leonardo Pereima, em processo relatado pelo Conselheiro Marcos Cattani.
Coube ao advogado Leoberto Caon fazer a saudação ao homenageado, por indicação do Conselho. Caon lembrou o passado de líder estudantil, militante perseguido pela ditadura, e depois a passagem como juiz eleitoral, professor e servidor público. Acima de tudo, destacou as qualidades de orador de Jaraguá, que inspirou a maioria dos advogados catarinenses que atuam na área criminal. “É um incomparável orador, daqueles mágicos, que convencem e arrastam auditórios, em especial quando atua no Tribunal do Júri”, disse.
Chamado à tribuna para falar sobre a homenagem, Jaraguá fez um discurso cheio de emoção, intercalado por lágrimas e manifestações de gratidão. Lembrou do advogado que dá nome à medalha João Bonassis – “seu nome está guardado na nossa memória como um dos maiores e mais fiéis advogados” – e citou o advogado Evilásio Caon, já falecido, que segundo ele conhecia o direito criminal como nenhum outro. “Se hoje ele estivesse vivo eu teria que dividir essa medalha com ele. Então, o faço com o seu filho Leoberto, que me honrou com seu discurso”.
Católico fervoroso, Jaraguá mencionou trechos da Bíblia em vários momentos, e se disse surpreso com a homenagem. “Não consigo acreditar que a unanimidade dos conselheiros me agraciou com essa medalha. Mas é sinal que a sociedade, a minha associação, me aprovou”, disse. “Só posso dizer que não fiz nada de mais, fiz o meu dever, e o fiz com amor. Porque é o amor do advogado que o faz tão combativo”. E finalizou seu discurso: “Se amanhã perguntarem para vocês sobre mim, digam que de todos os advogados, fui o mais feliz”.
O conselheiro Marcos Cattani, quebrando o protocolo, pediu a palavra para dizer que sentiu-se hontado por ter sido o relator da proposta de medalha ao homenageado e disse que Jaraguá é uma referência para todos que militam na área criminal. “Eu te idolatrei quando era estudante e meus filhos, acadêmicos de Direito, tem o mesmo sentimento”.
Fechando a sessão especial, o presidente da OAB/SC, Tullo Cavallazzi Filho, disse que a escolha de Jaraguá para receber a Medalha João Bonassis “é uma dessas figuras que fazem a gente optar por esta profissão”. Falando de improviso, Cavallazzi lembrou a importância de Jaraguá, há 45 anos advogado, para várias gerações. “Nenhum de nós começa efetivamente na carreira sem assistir antes a pelo menos um júri do dr. Jaraguá”.
Além dos amigos e familiares, prestigiaram a sessão o vice-presidente da OAB/SC, Marcus Antônio Luiz da Silva, os diretores Luiz Mário Bratti e Sandra Krieger Gonçalves, o ex-presidente Adriano Zanotto, os medalhistas e ex-presidentes João José Ramos Schaefer e Amauri Ferreira, os medalhistas César Pasold, Felipe Caliendo e Murilo Salgado, a Diretoria da Associação Catarinense de Advogados Criminalistas (Acrimesc), além de conselheiros estaduais e federais.
Assessoria de Comunicação da OAB/SC