A OAB/SC iniciou a manhã desta segunda-feira (04) com o 2º Simpósio de Direito Sistêmico. Realizado pela Seccional, por meio da Comissão de Direito Sistêmico, o evento teve como objetivo apresentar e promover o debate sobre a importância da inserção dos ‘Movimentos Essenciais’ na advocacia catarinense. Para falar sobre o assunto, a Ordem convidou a palestrante Claudia Boatti.

Movimentos Essenciais são um processo de aprendizagem em que o conteúdo é voltado a todas as pessoas dispostas a contribuir e ter um olhar para a coletividade e interesse do bem comum. Além de pessoas, a dinâmica também pode ser adotada por empresas, instituições e governos interessados em gerar transformação social e consciência ambiental por meio de suas propostas, segundo Claudia Boatti.

Sobre o processo, Claudia informou que os Movimentos Essenciais partem de quatro princípios. “O primeiro é sentimo-nos mais, ou melhor, que o outro é o princípio de toda guerra. Já o segundo, parte da premissa que somos nós que nos consideramos do lado bom da sociedade, com os valores certos e a moral correta, os responsáveis por criar o oposto do que desejamos como destino para as futuras gerações”, pontuou.

A palestrante acrescentou ainda que os outros dois valores dos Movimentos são ‘a vida é uma energia benigna que sempre nos traz o melhor para o nosso crescimento’ e ‘a vida passa a ter sentido quando focamos em nossa tarefa’. “Os Movimentos Essenciais vão ao encontro da cultura atual e nós somos a evolução da cultura”, destacou.

Após Claudia palestrar, a presidente da Comissão de Direito Sistêmico da OAB/SC, Eunice Schilieck, explanou sobre a importância da pacificação na advocacia que os Movimentos Essenciais podem trazer. “Fala-se muito que estamos em prol da cultura da paz e quando falamos sobre isso, observamos que o Código de Processo Civil (CPC) de 2015 passou a incentivar que os operadores de Direito adotem uma nova postura e trabalhem voltados à cultura da paz. Para a advocacia, esse processo é muito válido, uma vez que a partir desse movimento, eles poderão ter um olhar diferente em relação ao trabalho exercido e poderão adotar uma postura para que o exercício da profissão fique mais leve”, pontuou.

No decorrer da palestra, foram adotadas diversas atividades, como dinâmicas de grupo, cujo objetivo era despertar os presentes sobre como agir e olhar mais para o outro e, dessa forma, viverem e atuarem em seus ofícios de maneira mais leve e sempre visando a coletividade.