Marcondes Nambla tinha 38 anos e morreu no começo da noite de terça-feira (2), na UTI do hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí. Ele deixa esposa e cinco filhos. O professor indígena "La KlanoXokleng" era formado pela Universidade Federal de Santa Catarina, militante atuante, e membro de uma das famílias tradicionais da etnia xokleng, e estava trabalhando na temporada de verão para complementar a renda familiar.
Ele foi encontrado, na virada do ano, em uma rua no centro de Penha, no Litoral Norte catarinense, com sinais de espancamento e traumatismo craniano. O sepultamento ocorreu nesta quarta-feira (3), no cemitério da aldeia Figueira, na terra indígena xoclengue de José Boiteux, no Alto Vale do Itajaí.
Assim como lideranças indígenas viram o fato com preocupação, a OAB/SC, por seu presidente, Paulo Marcondes Brincas, e pela presidente da Comissão de Promoção da Igualdade Racial, Emiko Liz Pessoa Ferreira, também lamenta o ocorrido e espera que as investigações sejam ágeis e sigam com o devido rigor, uma vez que as circunstâncias do falecimento podem estar relacionadas ao preconceito com a cultura indígena e não apenas à violência urbana.
Assessoria de Comunicação da OAB/SC