Para fortalecer a prevenção e o enfrentamento às drogas, o Governo de Santa Catarina apresentou nesta terça-feira, 25, no Teatro Pedro Ivo, em Florianópolis, a campanha "Drogas. Não dá mais pra aceitar". Trata-se de um conjunto de ações multissetoriais a fim de sensibilizar a sociedade para a repercussão que o uso de drogas causa não apenas na vida do usuário, mas em todo o núcleo social em que ele está inserido. A OAB/SC foi representada no evento pelo presidente Tullo Cavallazzi Filho e pelas presidentes das comissões OAB Cidadã, Anna Maria Teixeira Ramella, e da Mulher Advogada, Silvia Tomelin.
“Todos conhecemos os danos que as drogas causam na vida das pessoas, destrói famílias, prejudica, escraviza... Há necessidade de uma reação forte da sociedade e, aqui, em Santa Catarina muitos fazem um trabalho extraordinário, que serve como apoio para muitas pessoas, no entanto precisamos avançar. Temos que agir na conscientização da sociedade, mostrar as consequências e o sofrimento que as drogas vão causar. Vamos em frente, unir e somar forças, trabalhar em conjunto para fazer um excelente trabalho na proteção de todos os catarinenses”, afirmou o governador.
De acordo com dados da Secretaria de Estado da Segurança Pública, a cada dez casos de violência registrados em Santa Catarina, sete estão relacionados a drogas ilícitas. Isso impacta diretamente a população. Em outros setores, não é diferente. Entre a população carcerária, por exemplo, 42,1% dos presos são por tráfico. O índice é maior que o de roubo (16,9%), furto qualificado (13,2%), homicídio (12,6%), furto simples (9,6%) e latrocínio (4%).
Nos índices de homicídio, 65% das vítimas e/ou autores possuem antecedentes criminais e em quase a totalidade desses casos o histórico tem a ver com o tráfico ou uso de drogas. Estima-se que entre 60% e 70% de todas as ocorrências de homicídios tenham correlação direta (tráfico) ou indireta (desavença) com situações envolvendo drogas.
Um questionário aplicado pela Secretaria de Estado da Educação, em 2010, em 1,3 mil unidades escolares da rede estadual, sobre o uso de drogas ilícitas apontou que 9,27% dos participantes já fez uso de maconha; 2,30% de crack; 1,77% de cocaína; 1,29% de inalantes; e 1,12% de ecstasy. Quanto ao perfil dos usuários, 13,86% eram do ensino médio; 6,83% alunos das séries finais do ensino fundamental; 1,26% das séries iniciais do ensino fundamental; 2,41% funcionários da parte administrativa e 2,22% eram professores.
A mobilização também alerta para a importância da construção de políticas públicas que, além de tratamento adequado aos dependentes, afastem crianças, jovens, famílias do primeiro contato com os entorpecentes.
Com informações da Assessoria de Comunicação do Governo do Estado
Assessoria de Comunicação da OAB/SC