O Conselho Pleno da OAB Santa Catarina referendou o apoio à campanha nacional do CFOAB “Advocacia Sem Assédio”, durante sessão realizada na manhã desta sexta-feira (25). A iniciativa estabelece um canal de denúncias para a advocacia relatar situações de assédio moral e sexual no trabalho. O projeto foi considerado pela presidente da OAB/SC, Cláudia Prudêncio, como sendo capaz de transformar muitas vidas no âmbito da profissão.
“Há muitos homens e mulheres que sofrem assédio moral e sexual no ambiente de trabalho. Como mulher, mãe e advogada eu sei o que é um assédio. Já passei por inúmeros na minha vida, mas eu consegui me defender. Quantos não conseguem? Por isso, temos que ser a voz daqueles e daquelas que não têm voz”, reiterou a dirigente da Seccional catarinense.
Quem realizou a exposição da campanha na sessão foi a presidente da Comissão da Mulher Advogada da OAB/SC, Karen Nascimento. “Esse é um assunto muito importante na advocacia. O assédio moral e sexual é um tipo de violência que ocorre no ambiente de trabalho. Se manifesta de diversas formas, direta e indiretamente, e sua gravidade varia em cada caso. O assédio pode ocorrer nos fóruns, nos tribunais, e nos escritórios. As causas do assédio moral estão ligadas a questões culturais, econômicas e emocionais”, explicou.
A presidente da Comissão contou ainda que a campanha baseou suas diretrizes em um estudo da International Bar Association (IBA) sobre assédio sexual e moral no meio jurídico. “A pesquisa mostra que uma em cada três advogadas já foi assediada sexualmente. Outro dado aponta que uma em cada duas entrevistadas já sofreu assédio moral”, observou.
#AdvocaciaSemAssédio
A campanha “Advocacia Sem Assédio", lançada pelo CFOAB por meio da Comissão Nacional da Mulher Advogada (CNMA), disponibiliza um canal com denúncias para a advocacia, cartilha, rodas de conversas e eventos nas Seccionais. Em Santa Catarina, a Comissão da Mulher Advogada tem divulgado a campanha em busca da conscientização dos advogados e advogadas catarinenses.
Entre outros dados levantados pela campanha, 57% dos casos de bullying não foram denunciados. Já nos casos de assédio sexual, esse percentual sobe para 75%. Entre as profissionais vítimas de bullying ou assédio, o levantamento mostra que 65% delas pensaram em abandonar o emprego. Em relação ao Brasil, 23% dos entrevistados dizem já ter sofrido algum tipo de assédio sexual, enquanto 51% disseram já ter sido alvo de bullying.
Em caso de assédio, denuncie: advsemassedio.org.br
Assessoria de Comunicação da OAB/SC