A Comissão da Mulher Advogada da OAB/SC, em conjunto com a Comissão de Direito Homoafetivo e Gênero, chama a atenção das autoridades e da sociedade para um movimento de mulheres que ascendeu nos últimos dias, em Florianópolis e Região, expondo casos de abuso, assédio e violência.
O meio encontrado por essas mulheres para realizar as denúncias foi o Twiitter, no entanto, ao invés da crítica, fica o questionamento do porquê desse meio ter sido usado para tal fim, visto que existem as instituições constituídas legalmente para essa finalidade.
Segundo o 9º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública - 2019, a cada 8 minutos uma mulher é vítima de estupro no território nacional. O percentual é ainda mais grave se considerado que apenas 10% dos crimes são oficialmente registrados perante as autoridades oficiais, como informa o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Assim, a Comissão da Mulher Advogada propõe o debate e a reflexão sobre a iniciativa dessas mulheres que abriram mão do sigilo de suas identidades e romperam o silêncio imposto pela cultura da vergonha. Da mesma forma, rechaça qualquer manifestação que contenha única e exclusiva intenção de minimizar os relatos públicos de abusos, bem como culpabilizar as vítimas por os oferecerem, em mídia social, como se elas estivessem cometendo crimes.
A Comissão da Mulher Advogada reitera seu compromisso no enfrentamento da violência, do assédio e desrespeito às mulheres, recomendando que peçam apoio e denunciem por meio dos canais:
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