A presidente em exercício da OAB/SC, Luciane Mortari, esteve na tarde desta terça-feira (30) no Tribunal de Justiça de Santa Catarina em reunião com a juíza auxiliar do gabinete da presidência, Carolina Ranzolin. O encontro também foi acompanhado pela presidente da Comissão da Mulher Advogada da Seccional, Rejane da Silva Sánchez, e pelo chefe da Casa Militar, Coronel Cristiano Medeiros.

Em pauta esteve a reserva de vaga específica para advogadas gestantes nos fóruns e prédios do Judiciário de todo o Estado. “Somos hoje 23 mil mulheres advogadas em Santa Catarina e esse movimento que começamos na gestão anterior [de Paulo Marcondes Brincas] quando ocupamos a Comissão agora vem sendo continuado também em outros níveis, o que avivou nas mulheres essa possibilidade de ter voz entre diversos temas, como ocorreu com a implantação dos fraldários, por exemplo, nas salas de apoio da OAB/SC nos fóruns”, enfatizou Luciane Mortari.

O pedido levou o TJ/SC a fazer um levantamento nas Comarcas. Em Florianópolis, na sede do TJ/SC, um espaço já está reservado para uso exclusivo ou preferencial de profissionais da advocacia que estão à espera de um bebê. “Nosso estudo leva em conta o que é possível implementar, o que está em análise e o que infelizmente será impossível alterar. Quando da minha decisão, tomei o cuidado de fazer isso justamente por conhecer o interior e saber das dificuldades. Cada comarca tem uma realidade e estaremos fazendo um esforço para que a maioria delas tenha essa vaga reservada”, explicou Carolina Ranzolin.

Até o momento, 47 comarcas farão o atendimento imediato ao pedido da OAB/SC. São elas: Armazém, Ascurra, Balneário Camboriú (2), Balneário Piçarras, Blumenau, Brusque, Caçador, Canoinhas, Florianópolis (Estreito, Norte da Ilha e UFSC), Capivari de Baixo, Concórdia, Coronel Freitas, Criciúma, Palmitos, Pomerode, Santo Amaro da Imperatriz, São José, Taió, Trombudo Central, Laguna, Itaiópolis, Descanso, Forquilhinha, Fraiburgo, Gaspar, Guaramirim, Ibirama, Içara, Imaruí, Imbituba, Indaial, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville (2), Otacílio Costa, Palhoça, Pinhalzinho, Porto Belo, São Joaquim, Sombrio, Tangará, Tubarão e Itapiranga.

“Essa agilidade foi extremamente satisfatória em atendimento ao nosso pleito. É evidente que precisamos desse olhar de gestoras mulheres, sempre atentas e muito sensíveis à causa. Quando falamos em pleitear postos de comando e liderança não é por desejo ao poder, mas justamente por ter esse olhar diferente e conhecer os desafios de uma carreira, sendo mulher, mãe, gestante, lactante, enfim”, enfatizou Rejane da Silva Sánchez.

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina já enviou ofícios comunicando todas as diretorias de Foro, e prevê novidades, em breve, também para outras 42 comarcas, dentre as quais 33 devem ter sua situação ainda analisada, cinco devem contar com visitas de equipes técnicas, e quatro irão disponibilizar a vaga reservada nos próximos meses.