Encontro realizado na manhã desta quinta-feira (4/4) deu início às tratativas para uma ação conjunta entre a OAB/SC e o Poder Judiciário catarinense para fomentar a conciliação como estratégia de solução de conflitos, ampliando a participação da advocacia nos mecanismos de resolução extrajudicial. Na reunião, o presidente da OAB/SC, Rafael Horn, também defendeu junto à coordenadora dos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (CEJUSCs), desembargadora Janice Ubiali, a obrigatoriedade da presença da advocacia nas audiências de mediação realizadas nestas unidades, da mesma forma como já ocorre nestas estruturas no âmbito da Justiça Trabalhista de Santa Catarina. O vice-presidente e a secretária-geral da Comissão de Mediação, Álvaro Carlini e Jackeline Azevedo, respectivamente, também estavam presentes no encontro.
"Muitas vezes o cidadão 'economiza' por não contar com advogado em uma audiência de mediação, mas sem consciência do que poderia alcançar como seu direito, acaba sem consegui-lo por estar desassistido. Para evoluirmos nesse tema é necessário um esforço conjunto ", argumentou Horn. A desembargadora destacou a importância de mudar a cultura do litígio, em favor da conciliação, e destacou que o Poder Judiciário vai passar a oferecer cursos de formação de mediadores pela Escola Superior da Magistratura (Esmesc), com um convite à participação da advocacia.
O presidente da OAB/SC comprometeu-se a buscar essa conscientização junto à classe, via Escola Superior de Advocacia (ESA) e comissões temáticas da Seccional. "Reconhecemos a importância da mediação e da conciliação, e a necessidade de especializar e ser um novo nicho para a advocacia. Estamos mudando essa consciência e buscando a quebra de paradigmas, até em relacionamento institucional, como no caso deste encontro", destacou Horn, lembrando que a OAB/SC realizará em breve seu primeiro seminário sobre mediação. "Temos essa compreensão de gestão, de que é necessário investir nisso, preparando a advocacia para buscar a satisfação das necessidades do seu cliente considerando não apenas as questões técnicas, mas também o seu contexto econômico-social, inclusive como forma de dar sustentabilidade à profissão", considera Horn.
Assessoria de Comunicação da OAB/SC