Reconhecer novos espaços públicos para mulheres, com igualdade de gênero, inclusividade, participação na vida pública e promover equidade efetiva na liderança feminina foram alguns dos temas abordados no Congresso de Liderança Política Feminina, realizado no Auditório Antonieta de Barros da Alesc, durante essa quinta (03) e sexta-feira (04), na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc).

Como forma de contribuir para o debate acerca do tema, a OAB/SC promoveu, no segundo dia do evento, no plenarinho, a oficina: ‘Mulheres na Política: o que é Preciso para ser Candidata? Do Planejamento à Propaganda’. O evento foi pensado e organizado pela coordenadora de Relacionamento com a Justiça Comum da Ordem, Cláudia Bressan, e desenvolvida em parceria com a Comissão da Mulher Advogada, presidida por Rejane Sánchez; e com a Comissão de Direito Eleitoral da OAB/SC.

A advogada e membra da Comissão de Direito Eleitoral, Renata Pereira Guimarães, abriu o ciclo de palestras, com o tema ‘Planejamento de Campanha’. Em sua participação, ela falou sobre a importância de explanar o assunto e os pré-requisitos que o público feminino deve ter para concorrer a um cargo político: “Para quem pretende ser candidata e ter uma campanha eleitoral de sucesso é fundamental ter um bom planejamento. Esse momento é tão importante quanto o corpo a corpo da campanha”, destacou.

Visando somar à causa, a segunda palestra ‘Comunicação Assertiva no Planejamento da Campanha’, ministrada por Rejane Sanchéz, tratou sobre como a fala, a apresentação, a vestimenta ou a imagem pessoal podem ser determinantes durante a campanha eleitoral. Ela ainda salientou a importância desse tipo de evento para a formação do cidadão na sociedade. “Eu, embora não seja candidata, mas enquanto cidadã, aprendi muito hoje, saio muito grata após esse evento, certamente passarei a olhar candidatas e candidatos com outros olhos, que é fazer a mudança no entorno que sempre desejamos. Para aquelas mulheres que possuem o ideal de participar da vida pública e serem candidatas na próxima eleição, eu desejo que não desistam dos seus sonhos”, completou.

Como convidada de Rejane, também contribuiu sobre comunicação assertiva, a francesa consultora Corinne Giely-Eloi, que abordou as melhores maneiras de explorar a voz e a postura.

De acordo com Cláudia Bressan, que foi quem comandou a terceira palestra da manhã ‘Formas de Arrecadação. Participação Feminina e o Fundo de Campanha. Requisitos para a Utilização’, apesar dos incentivos e programas para a participação das mulheres na política, a presença do público feminino tem crescido de forma ainda muito pequena. Ela explicou como uma candidata pode, de forma correta, arrecadar recursos e utilizar o Fundo Partidário Eleitoral: “Todo candidato precisa de recurso para fazer uma campanha, para conquistar um voto, sem um recurso eu não consigo elaborar o meu projeto. É preciso ter planejamento para quando chegar lá no final, de todas as etapas, eu saber o tanto que eu tive que gastar”, orientou.

Finalizou a roda de palestras, a advogada e secretária-geral da Comissão de Direito Eleitoral, Gabriela Schelp, que ministrou o painel ‘Propaganda Eleitoral, como se Posicionar como Candidata. Requisitos Jurídicos’. A especialista apontou o caminho correto para as mulheres que desejam se candidatar na próxima eleição, em relação ao período eleitoral, às recomendações jurídicas e ao que determina ou não a lei. Além disso, ela destacou a união de mulheres para o fortalecimento da política feminina no país. “Façam grupos, troquem ideias de eventos, tirem dúvidas. Unam-se, discutam, tracem estratégias em conjunto, façam reunião de mulheres. Vocês são únicas e cada uma vai ter o seu voto estratégico”, pediu ela, emocionada.