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Instrumentar as mulheres advogadas para serem protagonistas da própria vida e carreira é o foco da palestra “Jurídico de Salto – Empoderamento da Mulher Advogada”, ministrada pela advogada e coach Camila Berni nesta quinta-feira (31), às 19h, no auditório da Seccional. Promovido pelas comissões da Mulher Advogada e Jovem Advogado, em parceria com a CAASC, o evento fecha a programação do mês da mulher na OAB/SC. Na ocasião, a presidente da Comissão da Mulher, Luciane Mortari, apresentará ações relacionadas ao Ano da Mulher Advogada, instituído pelo Conselho Federal da OAB para 2016, e que foi oficializado nesta segunda (28) em cerimônia realizada em Brasília.
Durante a palestra, Camila Berni pretende mostrar como as mulheres podem conquistar o que desejam se ajustarem o diálogo interno, tiverem consciência de onde querem chegar e o que querem se tornar. “É preciso ter consciência de que o mundo interior cria o mundo exterior e de que nada tem significado a não ser a importância que a pessoa dá ao que acontece em sua vida. Assim, tudo é possível quando se tem clareza sobre o que se quer”, explica.
Trabalhando com mulheres e homens advogados em projetos de consultoria em gestão e treinamentos para escritórios de advocacia, Camila explica que há diferenças e semelhanças nos perfis empreendedores destes profissionais. “As mulheres advogadas têm, cada vez mais, conquistado espaço nos processos decisórios dessas organizações, um ambiente ainda muito masculino, mas aberto às ponderações e detalhes do senso feminino”.
Berni diz que não é favorável ao sexismo e a luta por privilégios pelo simples fato de ser mulher, e acredita na busca pela igualdade de direitos e de oportunidades. A palestrante defende que diferenças existem e são positivas, merecem ser destacadas e valorizadas. “Reza o principio constitucional da igualdade que se deve dar tratamento igual aos iguais, e desigual aos desiguais. Por exemplo, mulheres gestantes merecem tratamento diferenciado em razão da condição fisiológica em que estão. É razoável dar prioridade às advogadas gestantes em pautas de audiência”, sugere.
A advogada pondera o fato das mulheres não serem iguais aos homens em muitos aspectos, a começar pela força física, pelos hormônios e pela agressividade, inerentes à condição masculina e defende que enquanto for preciso um dia comemorativo às mulheres é por que os aspectos negativos das diferenças ainda não foram superados. “Enquanto for necessário artifícios legais, como a lei Maria da Penha, para proteger a integridade das mulheres é sinal de que a cultura da igualdade de direitos e de oportunidades ainda não está tatuada no inconsciente coletivo, ainda não está plenamente estabelecida. A mulher advogada tem plenas condições de trazer ao ambiente da advocacia o olhar feminino e batalhador”, acrescenta.
Camila explica que no Brasil a maioria dos profissionais da advocacia são mulheres, cerca de 502 mil advogadas, e a OAB trabalha no sentido de buscar um tratamento igualitário, a exemplo da campanha contra a violência às mulheres, seja a doméstica ou não. Berni considera que a instituição de 2016 como o ano da mulher advogada tenha vindo também no intuito de chamar a atenção da sociedade para questões culturais e de preconceito que ainda atingem as mulheres de modo geral, não só as advogadas. “Infelizmente ainda é comum mulheres serem julgadas pela aparência ou pela roupa que vestem. A competência técnica pode estar tanto em homens como em mulheres, independe de questões de gênero”.
O evento é gratuito e vagas limitadas a 80 pessoas. Mais informações e inscrições clique aqui.