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O presidente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, deputado Romildo Titon (PMDB), confirmou o apoio da Casa à campanha "Quem torce não briga", desenvolvida pela OAB/SC, com objetivo de combater a violência nos estádios de futebol. O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira (19), em encontro no Palácio Barriga Verde com o presidente da Seccional, Tullo Cavallazzi Filho, o presidente da Comissão de Direito Desportivo da OAB/SC, Alexandre Monguilhott, e o deputado Carlos Chiodini (PMDB), que na ocasião apresentou projeto de sua autoria visando à implantação da identificação biométrica nos estádios.
Segundo Cavallazzi, a campanha pretende despertar o torcedor para os prejuízos decorrentes da violência ligada ao futebol, como a diminuição de público nas praças esportivas e a perda de pontos e de mando de campo pelos clubes, além de dinheiro e patrocínio. “O foco da iniciativa é afastar o mau torcedor em geral, desestimulando não só os atos de violência física, como de discriminação racial e manifestações de palavras de ordem injuriosas, hoje bastante frequentes”, explicou o presidente.
Juntamente com outras entidades e órgãos de Estado, a Assembleia Legislativa irá contribuir com a divulgação da campanha por meio dos seus canais de comunicação (Agência AL, TV AL e Rádio AL), disponibilizando ainda seu espaço físico à realização de eventos relacionados ao tema. “Trata-se de uma iniciativa importante e oportuna, da qual a Assembleia, como representante do povo catarinense, deve se associar para levá-la a todas as regiões do estado”, destacou Titon.
A intenção da OAB/SC é fazer o lançamento oficial da campanha ainda neste ano, antes do início do Campeonato Catarinense, em fevereiro de 2015.
Identificação biométrica
No encontro, também foi debatido o Projeto de Lei 592/2013, do deputado Carlos Chiodini, que tem por meta instituir a identificação biométrica facial nos estádios catarinenses com capacidade superior a 10 mil pessoas.
Já adotado em países europeus, o sistema possibilitaria a identificação de foragidos da justiça e torcedores proibidos de entrar do campo, bem como atitudes suspeitas em tempo real, por meio do envio das imagens captadas por câmeras de videomonitoramento às forças de segurança pública. “O reconhecimento facial funcionaria de forma instantânea, permitindo a ação imediata da Polícia Militar, sem os inconvenientes de formar filas na entrada.”
Para Cavallazzi, a proposta é complementar à campanha desenvolvida pela OAB/SC, já que contribui para afastar dos estádios os torcedores que tenham algum tipo de restrição junto a Justiça. “Muitas pessoas transitam nos estádios, até mesmo criminosos, que têm buscado as torcidas organizadas para atuar. Neste sentido, é de grande interesse para a Justiça poder identificá-los com rapidez”, disse o advogado.
Com informações da Alexandre Back/AGÊNCIA AL